Abordamos a posição da mulher negra no mercado de trabalho por meio de autores que compõem o pensamento feminista decolonial, bem como as vertentes teóricas decorrentes das teorias críticas dos direitos humanos e dos estudos decoloniais, que permitem a compreensão e visibilidade de diversas opressões em razão do sexo da raça e do gênero. Buscamos compreender como o pensamento decolonial e o feminismo dialogam para identificar as opressões relativas a sexo, raça e gênero na evolução histórica das mulheres no contexto da relação de trabalho. Por fim, as distinções salariais, já que as mulheres, com mais intensidade nesse quesito, são colocadas em posição de inferioridade em relação aos homens. Assim, questiona-se: Por que a mulher negra na atual sociedade ainda é discriminada nas relações de trabalho, mesmo com avanços positivos na legislação trabalhista? A hipótese que se levanta é de conteúdo complexo, mas parte da ideia de que as opressões recaem sobre a mulher, comparativamente aos homens, o que se acentua com as mulheres negras, em face da discriminação interseccional que vivenciam (por serem mulheres e por serem negras), em que o gênero e a raça tornamse fatores de opressão.